sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A história do Jornalista Roberto Vieira, político e morador da comunidade

O Jornalista tem experiência em política e já viajou muito pelo Brasil


A história que o Notícias Heliópolis conta hoje é sobre Roberto dos Santos Vieira, 30 anos, mais conhecido como Beto e  morador há 17 anos da comunidade de Heliópolis.  É formado em jornalismo e apaixonado por política. Roberto é filiado ao Partido dos Trabalhadores e já concorreu ao cargo de representante do Ipiranga e região na Militância do Partido.

Quem não o conhece não imagina que ele é um homem que com a idade que tem carrega uma história cheia de experiência e tão interessante. Aos 30 anos, morou e viajou para diversas regiões do País, alguns dos lugares pelos quais já passou foram: Belém e Ananindeua no estado do Pará, Juazeiro do Norte e Crato no Ceará, Cajazeiras na Paraíba, Rio de Janeiro e Petrópolis no estado Rio de Janeiro onde nasceu. O Jornalista só chegou a São Paulo em março de 1995, e por aqui passou por diversas fases.


- Passei por muitas fases e graças a Deus superei a todas sem passar por cima de ninguém, tampouco, agir com ilegalidade, Fugi de casa em 1999, dormi várias noites na rua entre os anos 2000 e 2001, morei com parentes, me uni conjugalmente bem cedo, aos 19 anos (talvez por sentir muita falta de um ambiente familiar), e me tornei pai de uma menina aos vinte anos. Deste relacionamento tive mais um fruto, minha segunda filha.

Roberto já trabalhou como faxineiro, ajudante geral, feirante, camelô, Office-boy, auxiliar de almoxarifado e conferente. Aos 23 anos se formou em Logística, mas não quis continuar na profissão por acreditar que seria possível se tornar um jornalista, fato que ocorreu quatro anos mais tarde, em que se formou na profissão pela Universidade São Marcos e foi na faculdade que ele Conheceu a também Jornalista Ana Paula, que se casou como manda o figurino e teve mais dois filhos um menino e uma menina.

Atualmente ele é Assessor de Gabinete na secretaria de esportes de Guarulhos. Sua história na política começou há 5 anos, quando Roberto procurou um amigo para se filiar ao PT. Sempre foi esquerdista, desde criança, mas nunca foi de extrema esquerda. Ele comenta sobre o interesse por política.


-  Tenho uma visão mais ponderada. Desde muito jovem me incomodava com a desigualdade social, a falta de oportunidades, etc. A minha orientação não foi algo implantado, nasceu comigo. Sempre votei no PT e sempre enxerguei no PT a oportunidade de fazer política pros menos favorecidos.

Questionado sobre o assunto de que ambiente forma caráter Roberto é preciso e fala sobre sua opinião.


- Eu penso que o ambiente em que se vive colabora de certa forma para a formação do caráter, todavia, não é determinante. A índole é algo que vem de berço, é preciso tomar cuidado para que ela não seja deturpada por um cenário de criminalidade e “vida fácil”, onde infelizmente, nos deparamos dia após dia com cenas desagradáveis de violência.

Como em todas as entrevistas eu perguntei sobre os pontos positivos e negativos da comunidade.


- Acho que morar em comunidade nos traz uma sensação de realidade imprescindível, algo que nos faz acordar pra vida. O lado negativo é ver todos os dias crianças se perdendo na vida, sendo mal orientadas e convivendo com o crime.

Para Roberto Heliópolis é um bairro que mais parece uma cidade dentro de São Paulo e não gosta do desrespeito de algumas pessoas.


- Eu gosto muito de ver o crescimento desta comunidade que mais parece uma cidade dentro de São Paulo. Luto muito para que as oportunidades sempre cheguem até aqui e quando vejo acontecer, a alegria é tremenda. O que eu menos gosto é o desrespeito às pessoas mais idosas, vejo muito isso por aqui, em todos os aspectos, um deles é o barulho indiscriminado que prejudica inclusive pessoas acamadas.

Era muito comum ouvir os jovens ao serem questionados sobre política dizerem - eu não gosto de política, infelizmente, é certo de que a maioria das coisas que envolvem decisões precisas na nossa vida também envolvem questões políticas. Os jovens ficaram descrentes com tantas coisas que vem acontecendo: o desrespeito com os cidadãos, roubo de verbas, juros e daí vai, foram pivô para centenas de manifestações que vem acontecendo no país e Roberto encerra a entrevista com um pequeno discurso sobre essa questão confira!


- Gostaria de acrescentar que o descrédito que a juventude possui em relação a política não contribui para que no futuro tenhamos um país melhor. É preciso entender que sem política não tem progresso e que nem todo político é ladrão. Essa vala comum prejudica demais, estamos cada vez mais cercados de pessoas despolitizadas que não sabem sequer em quem estão votando. Temos que mudar esta realidade, volto a dizer, a política se faz necessária para um país melhor, os jovens precisam acordar pra esta realidade!


foto: Roberto e família